domingo, 22 de maio de 2011

Choramingos de uma Guerreira

Olá Galerinha!!

A Gisa, uma pessoa muito bacana que eu estou conhecendo através da net me mandou sua história de superação e me permitiu que dividisse com todos vocês meus queridos (as) seguidores(as), leiam e percebam a batalha que ela travou com muita fé e coragem.

Querida Andreia. Tudo bem com você?
                                                Conforme te prometi, aqui está a minha historia. Se quiser pode publicar.
                                                No final de 74 e começo de 75 houve duas campanhas de vacinação contra a tuberculose em meu colegio. Não lembro se havia um surto da doença, mas acho que não. Eu tomei a vacina, assim como todos os meus colegas. Acho até que eu estava meio resfriada quando tomei a vacina.
                                                Logo depois comcei a tossir sem parar e ficar muito cansada.
                                                Minha mãe nunca descuidou da nossa saude, então ela marcou consulta para mim. Passei primeiro pelo departamento médico da empresa em que ela trabalhava e a médica que me atendeu me encaminhou para um alergista. Os médicos com os quais a empresa mantinha e mantém convenio são os melhores em cada especialidade. Mas, por uma razão qualquer, aquele alergista não fez exames clínicos, nem mesmo aquele em que se aplica gotas de diversos agentes que podem causar alergia. Mesmo assim ele me diagnosticou com alergia severa e deu uma serie de recomendações do tipo, sentar longe do quadro-negro, na sala de aula, tirar tapetes e cortinas do quarto, colocar uma lâmpada acesa embaixo da cama para evitar umidade... E não passou nenhum medicamento.
                                                É claro que nada disso adiantou. E as febres diarias começaram a aparecer. Mas como eram muito baixas e durante o dia elas não se manifestavam, eu também não falava nada para minha mãe. A febre, em doentes com tuberculose, costuma aparecer à tarde, geralmente é baixa e no dia seguinte ela some.
                                                Para complicar a minha situação, além de fazer educação física 3 vezes por semana no horario normal da aula, eu entrei na equipe de ginástica rítmica da escola e fazia 4 a 5 h de ginástica extra por semana. cheguei a entrar para a equipe de vôlei, mas o cansaço já estava se manifestando. O cansaço típico da doença.
                                                Eu tinha tomado a vacina no final de fevereiro. Em julho eu tive a primeira febre alta, mais de 39º. Mas no dia seguinte a febre tinha sumido.
                                                Eu já sentia dores nas costas, cansaço muito grande, já tinha emagrecido 10 kg, mas medicada e sempre com acompanhamento médico, nem minha mãe, nem eu, nem ninguém poderia suspeitar da tuberculose. Além disso, eu havia sido "imunizada" contra esta doença no inicio daquele ano. Quem poderia imaginar que eu estaria justamente com esta doença?
                                               Mais ou menos em setembro, em um sábado de muito calor, no Rio, eu fui à praia com um grupo e voltei passando mal, tremendo de frio e tossindo muito. Qualquer caminhada provocava um acesso de tosse, imagine ir à praia. Tomei meu banho com o termostato do chuveiro em temperatura de inverno e a sensação era de água gelada em minha pele. Fui para o sol, para tentar me aquecer e comecei a ter calafrios. Minha mãe ficou apavorada.
                                              Não deu outra, médico de novo. Mas ai já estava na cara que eu precisava de exames mais profundos.
                                              Feitas as radiografias, fomos ao pneumologista. O médico olhou as radigrafias e falou para a minha mãe que nunca imaginou ver um pulmão igual ao meu. Pobrezinha da minha mãe, desmontou ali mesmo, começou a chorar. Porque ele arrematou dizendo que ela precisava advinhar as minhas necessidades, nos 3 meses seguintes eu estava proibida até mesmo de falar. Segundo ele, a parede de meu pulmão direito estava tão fina que poderia se romper até mesmo se eu pedisse um copo de água e não haveria tempo de socorrer. O mais impressionante é que não me faltava nada, nem alimento, nem cuidados médicos, nem atenção dos meu pais e, volto a dizer, eu tinha tomado a vacina contra esta doença. Mesmo assim, a doença me pegou de jeito.
                                             Mas, mesmo ouvindo o médico, parecia que não era comigo. Eu só me dei conta da gravidade da minha situação mais de 25 anos depois da doença vencida. Uma amiga minha, quando lutava contra um câncer no seio, disse que Deus nos dá uma "burrice santa" que faz com que não entremos em pânico, quando a doença é conosco. Acho que foi o que aconteceu comigo, porque cheguei em casa e fui direto para a cozinha, pois pretendia fazer um bolo.
                                            Enquanto isso, minha mãe explicava a gravidade da situação para meu pai, namorado e irmãos. De repente me vi cercada pela familia e todos tiravam os objetos das minhas mãos e acabaram me obrigando a deitar.
                                            A partir dai, o tratamento. Mais ou menos 50 comprimidos diarios, só de antibiótico eram mais ou menos 30.
                                            O bom da situação é que o tratamento não é agressivo e o ruim é que logo nas primeiras semanas a gente já se sente tão bem que pode relaxar o tratamento. Graças a Deus, minha mãe pode tirar licença do trabalho para cuidar de mim em tempo integral. Ela estava ali, dia e noite, cuidando da alimentação, da medicação.
                                           O médico também proibiu que meus irmãos e primos ficassem perto de mim nos primeiros 3 meses de tratamento, já que este é o período em que podemos transmitir a doença. Mas, quem disse que eles ficavam longe? rsrsrs. Mas ninguém pegou a doença.
                                           Então foi um ano e meio de tratamento e mais meio ano de controle.
                                           A tuberculose é um assunto serio, mas o tratamento é fácil, é indolor e está ao alcance de todos. E deve ser feito até o final, segundo as recomendações dos médicos. O grande perigo é o doente achar que já está bom e parar o tratamento por conta propria, porque neste caso o corpo pode criar resistencia aos antibióticos e a doença pode se tornar crônica.
                                           Como já disse antes o tratamento é indolor e fácil. Não tomei nem mesmo uma única injeção durante o tratamento e mesmo tomando tantos comprimidos não tive uma única reação alérgica. Talvez por isso a doença não tenha me preocupado, nem me deprimido. Afinal, tirando as restrições dos primeiros 3 meses de tratamento, a minha vida logo voltou ao normal. Continuei estudando, saindo, com as únicas ressalvas de estar em casa antes do entardecer e de não fazer exercicios físicos, que eu amava. Realmente eu reagi muito bem à noticia e ao tratamento.
                                           Afinal quem não gosta de ser tão paparicada e tratada com tanto carinho?
                                           A segunda vez que tive, foi tão rápida que nem vale mencionar.
                                           Para não ter a doença? É complicado falar, já que eu me alimentava direito, tinha uma vida regrada e estava vacinada. Mas uma boa sugestão é: conheça o seu proprio corpo, conheça os seus limites e não se descuide se uma tosse seca e persistente surgir. Principalmente se você estiver se cansando a toa. Procure logo descobrir as causas. E não evite o tratamento. Ele é indolor.
                                           E mais do que tudo, serenidade. Serenidade é tudo na vida. Entrar em pânico só serve para "agigantar" qualquer problema.

                                                                                               Bjs, querida. e saude, muita saude.



Primeiramente, muito obrigada querida Gisa, por dividir esta linda história de força e superação aqui em meu singelo blog, e segundo gostaria de parabenizá-la por você não ter desistido de lutar no momento em que tudo te levava para o mar da tristeza, pois são nestes momentos que descobrimos o quanto somos fortes e se realmente a fé que sempre dizemos ter é verdadeira, e você nos mostrou que tem muita fé e determinação para superar os obstáculos que a vida lhe  mandou.
O meu intuito de trazer histórias como a da Gisa, é para que percebamos que não somos os únicos a terem problemas na vida, pois, quando enfrentamos alguma dificuldade , sempre achamos que nossa dor é maior que a dos outros, mais saibam que quando você sofre ,sempre tem um irmão sofrendo ainda mais, por este motivo tenham força e muita, mais muita fé em Deus, pois desta forma fica mais fácil de encarar os problemas de frente, e os enfrentando com certeza conseguiremos vencer e encontrar o tão sonhado caminho da felicidade.
Espero que tenham gostado e quem quiser compartilhar sua história de superação é só enviar para meu email, que terei prazer em ler e aprender com suas experiências, e saibam que todos temos uma história que podemos compartilhar e ajudar o próximo a superar seus problemas com mais garra e sabedoria, então fico a disposição , e este blog não é apenas meu , mais sim de todos nós.
Paz, Amor e Muitas Flores em seu caminho.
Bjs na Alma Deka

9 comentários:

  1. Olá, minha querida. Fiquei muito feliz em dividir minha historia e espero que ela ajude, sim e dê esperanças. Na mesma época em que adoeci, tínhamos o hábito, minhas amigas e eu, de escrevermos e trocarmos pensamento. E um destes pensamentos dizia: "Quem seca as lágrimas alheias, não tem tempo de chorar."
    Hoje, continuo concordando com isso, mas eu completo dizendo: "Seque as lágrimas alheias, mas não sufoque as tuas. Reserve tempo para chorar, na medida certa. As lágrimas lavam a alma e removem a poluição dos olhos."
    Só não exagere na dose, olheiras ninguém merece, rsrsrs. Bjs, querida.

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  2. Obrigada Gi, por compartilhar esta linda história de superação e força de vontade, super bj no coração e na alma. Deka.

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  3. Realmente há momentos na vida em que temos que ter muita fé para não perder a esperança, é claro que o apoio da familia é muito importante também nessas horas, parabéns Deka pelo post e parabéns Gisa por ter vencido esta batalha.

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  4. Olá Fran, obrigada pelo carinho e pelo apoio sempre, bjs e flores.Deka

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  5. Olá Deka e Gisa li o post, vi que vcs duas passaram por dificuldades em relação a doença, mas nada que com determinação e fé, não se supere, vi que vcs duas são guerreiras, desejo a vocês muita saúde, paz, que o resto a gente corre atrás rsrs, bjs!! Fiquem com Deus

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  6. Olá querida !!

    Linda a sua iniciativa de compartilhar conosco estes relatos, pois precisamos mesmo ter consciência de que além do aspecto da saúde, temos muitas pessoas passando por inúmeras provas e a Gisele nos mostrou que todos temos forças para seguir em frente com dignidade, fé e esperança, nunca desanimando mesmo quando os desafios nos impelem a isso !
    Muito bonita, relevante e emocionante a postagem !

    Um beijão pras duas !

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  7. olá meu anjo, fico feliz que nossas singelas palavras tenham tocado seu coração, é justamente esta minha intenção, levar palavras de otimismo e esperança. bjs e flores. deka.

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  8. OI Andreia muito gratificante poder ler essa abençoada historia da nossa Gisele que ela venham como ajudar para quem esta enfrentando momentos difíceis. Tem uma frase que diz o seguinte: Você não pode evitar que a dificuldade bata á sua porta; mas nao há necessidade de oferecer-lhe uma cadeira. Amiga Gisele para glória de Deus tu amiga não puxou cadeira para elas.

    UM belo dia para vocês duas!!

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  9. Olá Irismar, a Gi já ajudou alguém, a mim mesma , que passa pelo mesmo que ela, e a história dela me deu mais força para superar esta doença que judia bastante do nosso corpo e se permitirmos das nossas almas também,obrigada por sua presença aqui neste cantinho e pelas sempre belas palavras. Bjs e Flores. Deka

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